Friday, August 27, 2010

A COVA E O UIVO DO LOBO

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Nasci na serra dos lobos e desde miúdo o meu avô contou-me a acção dos lobos e para deles me defender. Os lobos, no inverno, hibernam numa cova da montanha, encavilham os dentes e saiem do seu abrigo no início da Primavera e de quando as ovelhas, pela noite, dormem nos bardos para estrumar a terra de cultivo.
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Os homens serranos nunca tiveram uma relação comum com os lobos e procuraram defender-se deles. Os lobos, normalmente, vivem em comunidade e chamada , alcateia.
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Só muito esfomeados atacam o homem ou outro animal da serra, além das ovelhas pachorrentas e dóceis. Porém como em todos os grupos de animais há um que tresmalha do grupo e ataca por sua conta o rebanho e chama-se o lobo solitário.
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Terá que usar todos os expedientes para atacar primeiro uma peça de um rebanho de ovelhas que as fará debandar e ficar à deriva. Faz a primeira vítima e as outras virão depois.
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Os pastores da Serra da Estrela, para se defenderem dos lobos, criam os cães os chamados da serra, peludos, corpulentos, meigos e só atacam, precisamente, os lobos. No pescoço é lhes colocada uma coleira, artesanal, ferrada a pregos, para que se tiver que enfrentar o lobo, porque este, predador, ataca pelo pescoço e não eliminar o cão logo ao primeiro ataque.

Mas na sociedade humana também há lobos, tresmalhados da alcateia e bom predador que é, procura a primeira vítima que irá eliminar no primeira investida. As outras vítimas seguir-se-ão.

Eu fui atacado por um desses lobos “predadores” que criou a maior intriga, até hoje surgida na Embaixada de Portugal em Banguecoque e que eu serviu, repito, com toda a dignidade e respeito.
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Este caso não me tem feito parar um momento desde há quase 3 anos e tenho procurado tudo ao meu alcance para desvendar um caso de grande conspiraria de que fui vítima e outras pessoas viriam ser atingidas.
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Há dias enviei um e-mail, longo, ao embaixador Lima Pimentel, em Oslo, e pedia-lhe o favor que me enviasse um documento, que eu escrevi e que o lobo lhe teria enviado para produzir a intriga.
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Acontece que eu, durante o tempo, que servi o embaixador Lima
Pimentel, cumpri com as minhas obrigações; nunca me meti na sua vida particular e, durante o seu consulado, fizemos coisas bonitas. Uma delas é a abaixo inserida e no ano 2003.
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P.S. – Não pararei até que a novela fique esclarecida, completamente, para que lobos que andam por aí, capazes de tudo e mais alguma coisa manobrarem pessoas, lhes seja desvendado o nome.
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Há certos lobos que invocam o patriotismo cego, como desculpa, para lixarem os outros. Os lobos não têm pátria, nasceram sem ela. A pátria deles é a sobrevivência e difícil quando tresmalhados da alcateia.

José Martins
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Portugal esteve representado no passado dia 11 Outubro no torneio de golfe, ”BMW Golf Cup International” organizado pela filial, em Banguecoque, da conhecida marca de automóveis, alemã, BMW com a participação de sessenta golfistas, de nacionalidade tailandesa.

O evento teve lugar a 200 quilómetros, ao oeste, da capital da Tailândia no “Imperial Lake View Hotel & Golf Club”, a uma dezena de quilómetros das estâncias balneares de Cha Am e Hua Hin.

Portugal não estava presente com nacionais praticantes da modalidade mas patrocinou, em parte, a festa final do torneio; a entrega dos prémios aos vencedores, com decoração de amostra das belezas de Portugal; larga quantidade de vinho ( incluindo o mundialmente famoso Matéus Rosé); um Porto de Honra da casa Burmester, sardinhas com o finissimo azeite, extra, dos olivais do Alentejo.
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O torneio foi realizado sob o desígnio de que os os três primeiros vencedores, tailandeses, do torneio da “BMW (Thailand) Co. Ltd” irão participar de 3 a 8 de Novembro no “Caesar Park Penha Longa Golf Club” nos arredores de Lisboa, na “Grande Final da BMW “ e onde será coroado o vencedor, internacional, do ano 2003. Foi este o motivo para a concessão do patrocínio português.

O Embaixador de Portugal João de Lima Pimentel, a chefiar a Missão Diplomática Portuguesa, em Banguecoque, esteve presente enquanto convidado de honra do Presidende da BMW da Tailândia, Dr. Frank Roesler.

A festa final do torneio incluíu um “cocktail”, para cerca de uma centenas de pessoas.Como cenário de fundo, para o beberete, foi escolhido um espaço com coqueiros e outras árvores exóticas, circundando a monumental piscina e, mais para além, o relvado do magnífico campo de golfe, abraçado por altas e onduladas cordilheiras que circundam todo o espaço desportivo e de lazer.

Entre este maravilhoso cenário, tropical, destacavam- se as cores dos trajes minhotos vestidos por quatro jovens tailandesas que bem se conjugam, como no verde Minho, com o espaço coberto de relva, verdinha e viçosa.


Pelas 7:30 da tarde deu-se o início ao jantar, numa sala totalmente decorada com motivos portugueses, com as jovens vestidas à minhota à porta a transmitir as boas vindas aos convidados e aperitivos portuguese. No interior, estavam pendurados nas paredes laterais “posters” alusivos a Portugal, bandeirinhas das quinas e toalhas dobradas alternadamente ao comprido das mesas de cores verde e vermelha.
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Depois dos convidados estarem sentados às mesas e, antes do repasto, falou Julia Esterer, vice-Directora do “marketing” da BMW na Tailândia que saudou e deu as boas vindas a todos os presentes e convidou, em seguida, o Embaixador Lima Pimentel para que usasse da palavra.

Lima Pimentel num improviso, depois dos cumprimentos de saudação aos presentes e as felicitações aos vencedores do torneio, referiu-se aos campos de golfe de Portugal e conhecidos como os melhores da Europa e os preferidos pelos grandes campeões mundiais e entusiastas deste desporto de elite. Enalteceu a gastronomia e o vinho portugueses. Recordou o mar da costa Atlântica e os monumentos que definem Portugal como um país de descobridores, de que viria a transformar o mundo e a unir os povos dos cinco continentes.

O Embaixador Lima Pimentel fez a entrega dos prémios aos vencedores: Torpong Pongsivapai e Yukol Yigyong Yigyongij (classe Flight A; Plakorn Wanglee, Somchai Ngampimol e Wichai Thanatchasai (classe Flight B) e na classe de senhoras (Flight C) Sawangwong Sattabusya,Ekdarun Srisanit, Weechadchada Yongsuvankun.

Terminou com um brinde desejando a continuação dos quase 500 anos de salutar e amistoso relacionamento entre Portugal e a Tailândia.

A festa decorreu animadamente, as iguarias, servidas, foram de sabor, genuinamente, português, graças ao livro de culinária, editado na língua inglesa, de Maria Lourdes Modesto e facultado ao chefe de cosinha Thana Boonmawe.

Para a sobremesa os doces foram de paladar, também português com destaque o para fio de ovos, em cascata (Foi Tong) uma especialidade da Tailândia, introduzida neste Reino pela lusa/descendente Maria de Pina de Guiomar, há cerca de 300 anos, no “Ban portuguete” (aldeia dos portugueses) na antiga capital do Reino do Sião.
José Martins - 2003

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